A graduação em Direito oferece inúmeras oportunidades de trabalho tanto no setor público como no privado. Entre elas, sem dúvidas, a magistratura é uma das mais desejadas: é praticamente impossível passar pela faculdade sem pensar “quero ser juiz” em algum momento.
No entanto, conquistar a aprovação não é uma tarefa fácil. Além de estudar em uma boa instituição de ensino, são necessários anos de experiência profissional e dedicação para passar no concurso público. A boa notícia é que, com disciplina e organização, muitos já conseguiram, e você também pode concretizar esse sonho.
Continue a leitura e entenda como funciona a carreira de juiz do trabalho!
O que é ser juiz trabalhista?
O Juiz do Trabalho é responsável por julgar os feitos que tramitam na Justiça trabalhista e todos os litígios que envolvam relações laborais. Com uma remuneração bastante atrativa (R$ 27.500,00) a carreira é uma das mais almejadas do país e o concurso para ingresso na magistratura trabalhista é difícil e disputado.
O magistrado trabalhista também é considerado um juiz federal, mas pertence a um órgão específico que só decide questões laborais. Assim, frequentemente, as partes do litígio são empregadores e empregados, além de existirem algumas intervenções de sindicatos.
Como se preparar para se tornar um juiz do trabalho?
A magistratura, em regra, é alcançada por meio de concurso público e nomeação para o cargo. Para isso, o profissional deve cumprir alguns requisitos:
- ser bacharel em Direito;
- comprovar 3 anos de atividade jurídica depois de graduado;
- atender aos requisitos de investigações relativas ao aspecto moral e social, bem como a exame de sanidade física e mental;
- conquistar a aprovação em concurso público de provas e títulos.
Nesse sentido, o processo seletivo traz etapas para comprovar os requisitos, previstos na Resolução n.° 75 do CNJ. Veja o passo a passo para o “quero ser juiz” se tornar realidade:
- uma prova objetiva — avaliação com questões de múltipla escolha;
- duas provas escritas — uma avaliação de resolução de problemas e outra de redação de sentença;
- investigações sobre três pontos;
- histórico de vida e investigação social;
- exame de sanidade física e mental;
- exame psicotécnico;
- prova oral — avaliação de responder oralmente questões formuladas por uma banca;
- prova de títulos — concessão de pontos por especializações, publicações acadêmicas, mestrados, doutorados etc.
As provas objetivas, escritas e orais servem tanto para eliminar como para definir a ordem de classificação. A prova de títulos não elimina, só dá pontos adicionais. Já as demais apenas podem eliminar o candidato, sem interferência no restante.
Trata-se de uma carreira que exige muito estudo e dedicação, seja para a aprovação no concurso, seja para o exercício do cargo. No entanto, a recompensa social de uma prestação jurisdicional que atenda aos interesses sociais é a melhor resposta que o Juiz do Trabalho pode ter, dignificando uma das mais belas carreiras estatais, que é, destaque-se, um dos Poderes da República.